sábado, 27 de fevereiro de 2021

Os idosos e a Pandemia

A Pandemia causada pelo  coronavírus (SARS-CoV-2) trouxe para os idosos um grande temor, por ser este um grupo vulnerável e por esta doença ainda pouco conhecida, o que torna suas complicações e tratamento, ainda um desafio a ser superado na saúde pública.

O primeiro caso do novo coronavírus foi notificado em Wuhan, na China, em 31 de dezembro de 2019, enquanto que o primeiro caso de COVID-19 no Brasil foi confirmado em 26 de fevereiro de 2020 e desde então causou milhares de mortes entre indivíduos acima de 60 anos, principalmente entre aqueles com doenças concomitantes,  como  doenças  cardiovasculares, obesidade,  doenças  respiratórias, doenças hepáticas, renais   ou  diabetes.  

Segundo os dados mais atuais, os sintomas clínicos da doença causada pelo Coronavírus são:

Febre (83%);

Tosse (82%);

Perda de olfato ou anosmia(80%);

Alteração do paladar ou ageusia (78%)

Falta de ar (31%);

Dor muscular (11%);

Confusão mental (9%);

Dor de cabeça (8%);

Dor de garganta (5%),

Rinorreia ou escoamento abundante de fluido pelo nariz (4%);

Dor no peito (2%);

Diarreia (2%);

Náusea (1%);

Vômito (1%);

Uma das principais estratégias usadas para frear a disseminação da doença é o Isolamento Social, definido como o é o ato de afastar do convívio social aquele indivíduo que está doente a fim de que ele não propague a doença entre os demais membros da comunidade. Mas tanto a doença como o isolamento social têm causados sérios danos ao idosos.

Principais complicações desenvolvidas pelo Isolamento social:

Ansiedade;

Solidão;

Apatia;

Desinteresse;

Abuso de drogas ( lícitas e ilícitas);

Violência;

Insônia ou excesso de sono;

Ideação suicida;

Automutilação;

Crises de pânico;

Comportamentos alimentares desordenados.

" meus filhos já vinham me visitar muito pouco, agora então, sumiram, eles não querem que eu chegue no portão para conversar com alguém, mas nem eles mesmos aparecem no portão para dizer um oi, não aguento mais ver televisão" relata M.S.A, 82 anos, aposentada. A televisão tem sido a grande companhia neste período, mas até ele vem fadigando alguns.

 

" na televisão só tem notícia da doença, dos mortos e de quem está doente, fico angustiada vendo as notícias, e quando tem algum programa que não fale do coronavírus, é coisa repetida" reclama PSR, 85 anos.

 

Sentimentos como depressão, tristeza e medo afloraram neste período, além da popularização de termos como Tanatofobia ou Necrofobia é o medo excessivo da própria morte e/ou de outras pessoas que façam parte da rede social da pessoa.

 

Também se destaca o termo Ageísmo que se refere a uma discriminação relacionada a idade, muitos consideram o idoso um peso a sociedade ou um individuo excessivamente frágil e dependente. 

 

Com o inicio da vacinação dos idosos contra o coronavírus, classificados como grupos prioritários, isso também agravou o quadro de discriminação por algumas pessoas." sinceramente não concordo que o idoso seja prioridade, uma pessoa de 90 ou 100 anos fará falta para a família dela e pronto, mas alguém de 30 anos que pegue a doença e morra fará falta a mais pessoas, além disso tem que pensar na produtividade, alguém de 20 ou 30 anos tem muito o que trabalhar, produzir, mas o idoso vive de renda, ou seja só suga....minha filha está sem estudar a mais de um ano, a professora dela que tem trinta e poucos anos deveria receber a vacina e voltar a dar aula, os velhos ficavam em casa mais um pouco e tomavam a vacina depois".  fala B.A.R.S de 40 anos.

 Por mais  absurda que esta afirmação acima pareça, ela não é exceção perante uma sociedade onde alguns se recusam a usar mascaras, promovam aglomerações ou mesmo neguem a doença e até mesmo a vacina.

 

Existem diversas denuncias de vacinas de ' vento", onde ao invés da aplicar  imunizante não foi aplicado nada, a justiça já investiga alguns casos A pergunta que persiste é POR QUE?  talvez o egoismo esteva mostrando a sua pior face. afinal todos têm os direito de viver, embora alguns achem que somente o seu direito importa.

Referências

King B. Loneliness and Mental Health in Young People: Possible Effects of Covid-19 Lockdowns. NEJM Journal Watch. 2020. Disponível em: https://www.jwatch.org/na51821/2020/06/18/loneliness-and-mental-health-young-people-possible-effects?query=pfw&jwd=000020039906&jspc=IM

Brasil. Ministério da Saúde. Como é definido um caso suspeito de coronavírus? Disponível em: https://coronavirus.saude.gov.br/sobre-a-doenca#tratamento

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Especializada à Saúde. Departamento de Atenção Hospitalar, Domiciliar e de Urgência. Protocolo de manejo clínico da COVID-19 na Atenção Especializada / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção Especializada à Saúde, Departamento de Atenção Hospitalar, Domiciliar e de Urgência. – 1. ed. rev. – Brasília, 2020. [citado 2020 Jun 14]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manejo_clinico_COVID-19_atencao_especializada.pdf

domingo, 4 de outubro de 2015

Personagens de Desenho Envelhecidos

O tempo passa para todos e pensando nissoo ilustrador russo Andrew Tarusov desenhou personagens famosos de desenhos animas mais velhos. Vejas as ilustrações e medite sobre a passagem do tempo.









Idosa de 81 anos realiza o sonho de estudar

A aposentada Aurora Ferreira de Melo Breves conseguiu realizar um sonho e chegar à universidade aos 81 anos para estudar Filosofia.
A mineira participou do Enem e com a nota obtida conseguiu ingressar na Universidade Federal de Uberlândia (UFU), por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu).  Ela sempre quis estudar, mas devido às dificuldades financeiras teve que optar por trabalhar, a fim de conseguir sustentar e oferecer uma vida melhor aos três filhos.
O tempo passou e quando a família achava que era hora de Aurora descansar e aproveitar a vida, ela se matriculou para fazer o ensino fundamental, aos 75 anos.
Ela não pretende somente ter o diploma e enquanto tiver forças pretende continuar estudando.

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Os mais velhos do Mundo

O japonês Yasutaro Koide, de 112 anos  foi reconhecido nesta sexta-feira dia21 de agosto  pelo Guinness World Records como o homem mais velho do mundo. 



Koide nasceu em 13 de março de 1902 e trabalhou como alfaiate. 
Ele se tornou o homem mais velho do mundo com a morte de Sakari Momoi, de Tóquio, aos 112, em julho.

Três de seus sete filhos, dois de seus nove netos e um tataraneto estiveram na cerimônia na casa de repouso onde ele vive, na qual recebeu uma placa e um vaso.

Já a mulher mais velha do mundo é a americana Susannah 
Mushatt Jones, que mora no Brooklyn, em Nova York, e celebrou seu 116º aniversário na segunda-feira.




 

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

A polêmica da Cota para Idosos em Concursos Públicos

O senador Antonio Carlos Valadares propõe o Projeto de Lei 60/09 que estipula  a reserva de 5% das vagas em concursos para idosos, baseada em critérios de idade, acende a polêmica envolvendo temas como isonomia e discriminação positiva em processos seletivos. 

A falta de consenso sobre o tema paralisou, desde 2011, a análise da proposta.

A população brasileira vive hoje, em média, 68,6 anos, 2,5 anos a mais do que no início da década de 1990. Estima-se que em 2020 a população com mais de 60 anos no país deva chegar a 30 milhões de pessoas (13% do total) e a esperança de vida deve atingir 70,3 anos. Para os defensores do projeto, a importância dos idosos para o Brasil não se resume à crescente participação no total da população, estendendo-se à questão econômica, já que uma parcela significativa dos idosos hoje são chefes de família cuja renda média é superior àquelas chefiadas por adultos não-idosos.


Valadares lembra que a Constituição Federal já reserva um percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas com deficiência.

Para defender a iniciativa, o senador ressalta o crescente envelhecimento da população brasileira. Segundo ele, os idosos são hoje 14,5 milhões de pessoas, ou seja, 8,6% da população total do país, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O IBGE considera idosas as pessoas com 60 anos ou mais, mesmo limite de idade utilizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para os países em desenvolvimento.

Estatuto do Idoso veda a fixação de limite máximo de idade como quesito para admissão em emprego público, ressalvadas as situações em que a natureza do cargo o exigir. Mesmo reconhecendo que o país possui uma população idosa cada vez mais ativa, o incentivo legislativo brasileiro à reinserção no mercado de trabalho das pessoas acima de 60 anos não apaga os questionamentos sobre as limitações decorrentes do envelhecimento e o respeito ao direito igualitário daqueles que postulam ingressar na carreira pública.