A Pandemia causada pelo coronavírus (SARS-CoV-2) trouxe para os
idosos um grande temor, por ser este um grupo vulnerável e por esta doença
ainda pouco conhecida, o que torna suas complicações e tratamento, ainda um
desafio a ser superado na saúde pública.
O primeiro caso do novo coronavírus foi
notificado em Wuhan, na China, em 31 de dezembro de 2019, enquanto que o primeiro
caso de COVID-19 no Brasil foi confirmado em 26 de fevereiro de 2020 e desde
então causou milhares de mortes entre indivíduos acima de 60 anos, principalmente entre aqueles com
doenças concomitantes, como doenças cardiovasculares,
obesidade, doenças respiratórias, doenças hepáticas,
renais ou diabetes.
Segundo os dados mais atuais, os
sintomas clínicos da doença causada pelo Coronavírus são:
Febre (83%);
Tosse (82%);
Perda de olfato ou
anosmia(80%);
Alteração do paladar
ou ageusia (78%)
Falta de ar (31%);
Dor muscular (11%);
Confusão mental (9%);
Dor de cabeça (8%);
Dor de garganta (5%),
Rinorreia ou escoamento abundante de
fluido pelo nariz (4%);
Dor no peito (2%);
Diarreia (2%);
Náusea (1%);
Vômito (1%);
Uma das principais estratégias usadas para frear a
disseminação da doença é o Isolamento Social, definido como
o é o ato de afastar do convívio social aquele indivíduo que
está doente a fim de que ele não propague a doença entre os demais membros da
comunidade. Mas tanto a doença como o isolamento social têm causados sérios
danos ao idosos.
Principais complicações desenvolvidas pelo
Isolamento social:
Ansiedade;
Solidão;
Apatia;
Desinteresse;
Abuso de drogas ( lícitas e ilícitas);
Violência;
Insônia ou excesso de sono;
Ideação suicida;
Automutilação;
Crises de pânico;
Comportamentos alimentares desordenados.
" meus filhos já
vinham me visitar muito pouco, agora então, sumiram, eles não querem que eu
chegue no portão para conversar com alguém, mas nem eles mesmos aparecem no
portão para dizer um oi, não aguento mais ver televisão" relata M.S.A, 82 anos, aposentada. A televisão tem
sido a grande companhia neste período, mas até ele vem fadigando alguns.
" na televisão só
tem notícia da doença, dos mortos e de quem está doente, fico angustiada vendo
as notícias, e quando tem algum programa que não fale do coronavírus, é coisa
repetida" reclama PSR, 85 anos.
Sentimentos como
depressão, tristeza e medo afloraram neste período, além da popularização de
termos como Tanatofobia ou Necrofobia é o
medo excessivo da própria morte e/ou de outras pessoas que façam parte da
rede social da pessoa.
Também se destaca o
termo Ageísmo que se
refere a uma discriminação relacionada a idade, muitos consideram o idoso um
peso a sociedade ou um individuo excessivamente frágil e dependente.
Com o inicio da vacinação dos idosos contra o coronavírus, classificados como grupos prioritários, isso também agravou o quadro de discriminação por algumas pessoas." sinceramente não concordo que o idoso seja prioridade, uma pessoa de 90 ou 100 anos fará falta para a família dela e pronto, mas alguém de 30 anos que pegue a doença e morra fará falta a mais pessoas, além disso tem que pensar na produtividade, alguém de 20 ou 30 anos tem muito o que trabalhar, produzir, mas o idoso vive de renda, ou seja só suga....minha filha está sem estudar a mais de um ano, a professora dela que tem trinta e poucos anos deveria receber a vacina e voltar a dar aula, os velhos ficavam em casa mais um pouco e tomavam a vacina depois". fala B.A.R.S de 40 anos.
Por mais absurda que esta
afirmação acima pareça, ela não é exceção perante uma sociedade onde alguns se
recusam a usar mascaras, promovam aglomerações ou mesmo neguem a doença e até
mesmo a vacina.
Existem diversas denuncias de vacinas
de ' vento", onde ao invés da aplicar imunizante não foi aplicado
nada, a justiça já investiga alguns casos A pergunta que
persiste é POR QUE? talvez o egoismo esteva mostrando a sua pior face.
afinal todos têm os direito de viver, embora alguns achem que somente o seu
direito importa.
Referências
King B. Loneliness and
Mental Health in Young People: Possible Effects of Covid-19 Lockdowns. NEJM
Journal Watch. 2020. Disponível em: https://www.jwatch.org/na51821/2020/06/18/loneliness-and-mental-health-young-people-possible-effects?query=pfw&jwd=000020039906&jspc=IM
Brasil. Ministério da Saúde.
Como é definido um caso suspeito de coronavírus? Disponível em: https://coronavirus.saude.gov.br/sobre-a-doenca#tratamento
Brasil. Ministério da Saúde.
Secretaria de Atenção Especializada à Saúde. Departamento de Atenção
Hospitalar, Domiciliar e de Urgência. Protocolo de manejo clínico da COVID-19
na Atenção Especializada / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção
Especializada à Saúde, Departamento de Atenção Hospitalar, Domiciliar e de
Urgência. – 1. ed. rev. – Brasília, 2020. [citado 2020 Jun 14]. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manejo_clinico_COVID-19_atencao_especializada.pdf