A
alemã Ingeborg Rapoport
de 102 anos se tornou a pessoa mais velha do mundo a receber um
doutorado, quase 80 anos depois de o regime nazista tê-l impedido de prestar o
último exame.Filha de
uma pianista judia, Ingeborg Rapoport
terminou seus estudos em medicina na Universidade de Hamburg em 1937 e
escreveu sua tese sobre a difteria, mas, por causa das leis de discriminação
religiosa e racial do governo de Adolf Hitler, Ingeborg teve negado o direito de fazer a prova
oral final. A universidade, inclusive, informou por carta que ela teria
recebido o doutorado "se a legislação não a proibisse de fazer a prova por
causa de sua origem".
Este
ano três professores da Faculdade de Medicina da Universidade de Hamburgo
sentaram-se na sala do apartamento de Ingeborg em Berlim par sabatiná-la sobre o
trabalho de pesquisa realizado há oito décadas.
"Não quis defender minha tese apenas em meu benefício. Era uma questão de princípios. Fiz tudo isso pensando nas vítimas (dos nazistas)", disse a
alemã ao jornal Der Tagesspiegel.
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